quinta-feira, 6 de novembro de 2014

O canto da menina

Crítica cantada.

O canto da menina.

Um ataque especial

A tendenciosidade da televisão, nesse caso, oculta-se por trás de elogios à crítica de uma moça contra a sensação de diminuição da pessoa feminina, imposta por uma música. No entanto, essa reação brota de uma condição pessoal, ou seja, de um afetamento já estabelecido. Ofensas dirigidas indiretamente e ocultas por ambiguidade, não afetam pessoas livres de traumas relativos à ofensa, pois elas não a perceberiam como tal, principalmente não se tratando de pessoas capacitadas por formação dedicada, nesse caso, legalistas, profissionais da psicologia, educação e ciências humanas. Além disso, torna-se necessária, pelo menos, a intenção de defesa a outrem.

Esse modelo de ataque está mais dedicado ao comportamento feminino e se demonstra especial, pela interação entre o agressor (a mídia) e o alvo do ataque (a mulher); porém, o ataque pode atingir o comportamento complementar, o masculino, por motivos de discriminação, machismo ou como contra-reação à crítica musical a um "igual", além de muitas variáveis. A inconsciência do fato, nos impulsiona tentar torná-lo perceptível, ou não.

Muito especial.

A moça, da crítica à música, não imagina se posicionar como um dispositivo de mídia, atuando para alcançar outras personalidades. A sua condição se mostrou muito especial e não poderia deixar de ser explorada, pois além de estar na mídia (blog), demonstrou-se capaz de atingir muitas pessoas. Mas, também, foi sensível a um "modelo de afetamento" e, talvez, fosse capaz de atuar contra esse "modelo de afetamento", mesmo inconscientemente. Assim, a mídia a pôs sob "cuidados" especiais, para aproveitamento de seu alcance. Mais uma vez, podemos perceber a sociedade/mídia atuando, em função de "gravações" específicas.

Modelo de ataque.

O programa em foco, é o mesmo citado sobre a criminalização da criança, o programa "fala que eu te escuto", nesse caso, ocorrendo dias antes, com o mesmo apresentador. Nele, aconteceu um interessante caso de ataque à personalidade da mulher, pelo uso de uma crítica cantada, feita por uma moça em seu blog de vídeos, à música que usa expressão "lepo-lepo" de modo ambíguo.

Na crítica, a moça de dezesseis anos, deixa transparecer que, se tudo de oferecido é o "lepo-lepo", o personagem do cantor não tem nada de aproveitável a oferecer.

O ataque do programa de tv à moça, consistiu simplesmente em parabenizá-la pela crítica feita à música depreciativa da figura feminina.

Pronto! Agora todos estão às gargalhadas! Como pode alguém ser atacado, ao ser parabenizado por uma crítica, brilhantemente feita à uma música de conteúdo ambíguo? Bem, melhor não morrerem de rir ainda, por que tem mais!

O ataque, na forma de congratulações, não foi dirigido somente à moça; ela, na realidade foi apenas o anteparo, no qual o ataque refletiu, em direção a seus mais importantes alvos: as personalidades femininas de modo abrangente.

Analisando o contexto mais detidamente, podemos perceber que a música ambígua, deprecia as mulheres e isso causa indignação em uma moça de dezesseis anos. A moça resolve dar uma resposta do mesmo modo, ou seja, cantada. Nada demais, por enquanto... porém, surge um detalhe que não pode ser deixado de lado: por volta cento e sessenta mil pessoas, visualizaram o vídeo, no primeiro dia de exibição. Por esse motivo, a crítica foi percebida como muito importante!

A trama, que se descortina, é de difícil entendimento, por isso sabemos que muitos riram de início. Infelizmente, a condição de apercebimento das pessoas, é uma constante estabelecida e não constitui casualidade.

As congratulações, dedicadas à moça, soaram agradavelmente, principalmente a ela, em reconhecimento à sua postura, por não aceitar ser feita "menor" por um "homem". Se analisarmos mais detalhadamente, veremos que esse "homem", na realidade é um "personagem", em atuação. Personagens, não são pessoas boazinhas, apenas com o objetivo de nos distrair, mas estão sempre buscando o lucro para seu intérprete, independente de quem paga. Na maioria das vezes, o personagem, digo ator, não produz o que vende, e se produz, é em função de exigências específicas. O cantor é um ator, e o produto vendido pela mídia, não tem apenas o objetivo de se vender, mas carrega em seu bojo algo mais, que não seria "comprado" conscientemente. Por isso, a mídia (não o estado ou o povo) escurraçou a censura de conteúdo, pois ela protegia os apercebidos de ataques como este.

"A mídia não pára.

Alguns dias após a crítica cantada da moça ser dada ao público, a tv apresentou o cantor em entrevista, mas antes, diversos programas exploraram bastante (sob sorrisos) a música. Assim, com "simpatia" e "repetição", a "música" se torna mais aceitável.

O cantor afirmou, em entrevista, ser o "lepo-lepo" uma "cultura brasileira"! Mas, em seu "discurso", limitou esse "brasil" à periferia, como se cultura brasileira fosse algo muito pequeno. Do mesmo modo tem sido feito, por muitos "artistas" micro-definidores de "culturas", resultando em mpb - música pobre brasileira.

Agora, a moça criativa e observadora, pode enriquecer a "música" cantando: - Já tenho carro, já tenho teto, concluí a faculdade e não preciso da sua "cultura"! Conquanto é uma dura crítica, constitui apenas sintoma de um trauma, se não há consciência dos objetivos.

Como usar um trauma?

Outra realidade, na dinâmica dessa trama, explica como se valer de um trauma, para produzir ainda mais afetamentos, pois a crítica decorre do fato de a moça estar respondendo ao estímulo a um afetamento já estabelecido, fora de seu conhecimento. A mídia reconhece esse afetamento e, rapidamente, procura "esfolar" ainda mais a "ferida". Esse afetamento é o mesmo que tem comprometido a firmeza das uniões conjugais, produzindo muitos rompimentos em família, pela debilidade das personalidades e pela postura prepotente das pessoas na atualidade. Conquanto agem dessa forma, sobre as personalidades femininas, contra as uniões conjugais, as distorções de personalidades também afetam o comportamento dos homens, através do incentivo ao machismo, ao alcoolismo, às drogas e também à prepotência mas, mesmo o futebol, por exemplo, pode alcançar a condição de método de afetamento, ao comportamento masculino, pelo bloqueio do discernimento dos limites; no alcoolismo, o uso da cerveja também pode se extrapolar em exagero, gerando conflitos e situações de perigo. Assim, não se deve observar o afetamento mental induzido, por apenas um determinado prisma, pois pelo prisma da morte, o álcool não constitui apenas um anticéptico ou uma bebida, também mata, e mata de diversas maneiras.

De uma simples crítica, à uma música "sem valor", nasce a visão de uma imensa quantidade de manipulações personais. Desse modo, a moça "sensível" à presença do ataque, apesar de não o perceber como uma investida planejada contra sua personalidade, é capaz de atuar como "sensor", para aqueles que a manipulam, os quais fazem, na sequência, uso de sua resposta para alcançar um grupo maior.

Procuram-se desaparecidos.

A micro-definição baratismo pessoal como cultura, resulta na macro-definição baratismo social. Daí, o incentivo a pequenas e "inócuas" formas de "cultura", tão "indubitavelmente inócuas" quanto alimentos artificiais.

A "cultura", a que se refere o tele-influenciador, é a promiscuidade feminina. Se tal pensamento não advem de uma condição de baratismo pessoal, de onde pode originar-se? O fato, é que pessoas desqualificadas não deveriam falar por mídia, mas são elas as escolhidas. Porque os acertivos são criticados ou postos de lado pela televisão? Por que desaparecem os comprometidos com a verdade? Onde estão os jornalistas, muito admirados pelo público, por sua honestidade ao falar? Todos os jornalistas, mais dedicados à verdade, desapareceram da tv, mas os jargonados e cheios de voltas, esses sim, permanecem atuando e, cheios de melindres, atuam para a plateia inerte e acrítica.

Exatamente para evitar a interrupção da inércia de resposta da sociedade e para sustentar sua incapacidade crítica, os capazes de acrescentar detalhes à visão social, são "caçados", assim fica impedida a progressão da percepção da realidade social.

Um quê a mais.

A moça da crítica musical, alcançou pessoas em número equivalente a cento e sessenta mil, em um dia de acessos. Se a tv veicula o fato, quantas outras pessoas irão acessar a página da moça, para assistirem seu vídeo? Desse montante de pessoas, quantas serão meninas, moças ou mulheres? A mesma indignação da moça, será observada nos comportamentos femininos, após assistirem o vídeo ou haverá alguma variação? E quanto aos homens, quantos assistirão ao vídeo? Entre os assistentes masculinos, quantos se identificarão com o cantor? Quantos serão solidários à revolta da moça?

Por ter alcançado um número muito grande de pessoas, e por ser resultado de uma forma de ataque subliminar, gerando muitas respostas comportamentais, a tv não deixou de usar o acontecido para induzir ainda mais distorções personais, para torná-las mais profundas e "definidas", pois como vimos, a resposta nasceu de um afetamento estabelecido.

Um fato extremamente importante a observar, é a forma de cantar da jovem, agradável e ritmada, mas ela ainda demonstrou grande criatividade, e isso preconiza inteligência, uma característica que pode ser usada para produzir conflitos, se o par de sua relação se sentir ofendido, caso não consiga equiparar-se mentalmente a ela, em algum momento. Assim, o elogio à postura da moça, nesse caso, pode resultar em atitude altiva, dificultando seus relacionamentos sociais, familiares e em seu futuro relacionamento conjugal. Mas, esses afetamentos têm milhares de possibilidades de atingirem a qualquer um de seus ouvintes, produzindo muitas variáveis de afetamentos e conflitos.

Nenhum detalhe escapa à manipulação mental na sociedade, mas é feito em massa, pois o alcance se amplia, produzindo resultados tão abrangentes, que chegam a ser vistos como "decorrências históricas", por alguns academicistas diplomados, entretanto, em nenhum momento da história a violência, criminalidade, vícios diversos e a degeneração humana, foram vistos como "tão necessários".

Poderíamos conceber, como decorrências históricas o "tira o pé do chão" ou o "levanta os braços", de uma execução de música clássica ao piano, por um grande compositor, centenas de anos atrás? Claro que não! Pular e agitar os braços, nada mais é que um gerador de ferormônios, resultante em uma sensação de "unidade" em massa, nada mais que um truque de psicoinfluenciamento para vender algo não valorizado em conteúdo. O chamado "disco acústico", vai pelo mesmo caminho, nele se compra manipulação gravada em disco. Controle de massas, é disciplina estudada por aqueles atuantes em mídia.

Hoje a criticamos, amanhã tocamos a "música"!

A mídia acredita ter idiotizado tão profundamente às pessoas, que não se preocupa com o modo como irá usar a tendenciosidade. Por esse motivo, criticou a música, através do elogio à moça, em um programa, por que era útil naquele momento, mas no dia posterior, utilizou a música como fundo em outro programa e, no dia posterior a este, novamente a utilizou em ainda outro programa, no qual, a apresentadora ensaiou uns "braçinhos" de "dança".

Se houvesse algum comprometimento da emissora com uma atuação moralizada, agiria coerentemente e não seria hipócrita, aproveitando-se de cada situação, para usá-la em virtude de um objetivo. Assim, criticou a música em um dia e usou a mesma música no outro dia, como fundo "musical", e novamente, no dia subsequente.

Cada palavra, frase, imagem, música e qualquer outra forma de expressão, em todos os momentos da tv e mídia, estão dedicados à reconstrução da pessoa humana. Desse modo, nenhuma expressão humana é natural, desde o falar, beber e comer, até as formas mais corrompidas de comportamento. Os olhos de uma pessoa não se movem, sem serem influenciados pela mídia e não há exagero nisso.

O ataque à "inocência" da menina-moça, um exemplar feminino, constitui um dos modelos de investida usando a subliminariedade para afetar, inconscientemente, os alvos escolhidos individualmente e em massa, porém muitos outros são utilizados, diariamente pela mídia e tv.

Uma questão sem importância?

A questão a seguir, tem estado sem resposta a muito tempo, pois nos é dada como afirmação. A televisão gasta seu caríssimo tempo operacional, para difundir a seguinte "informação": "Televisão aberta, é para você e é de graça!" Porém, tempos atrás, havia a dúvida se a tv "de graça" iria desaparecer, em função do surgimento da tv a cabo. Mas, instaurou-se a tv a cabo, em mescla com a digital, por satélite, por celulares, via internet sem afetar a "gratuidade" da chamada tv aberta, porquê? E quanto aos gatos de tv a cabo? Estão instalados por todos os lados e ninguém se importa em eliminá-los, mas são pagos, como a energia elétrica!

Quando se faz reportagens a respeito dos gatos de tv a cabo, isso soa como um incentivo à instalação de mais gatos, para aqueles ainda não expostos a esse tipo de mídia, pois fica na conversa de "reportagem" e nada de efetivo é feito para coibir o "desvio de sinal". Esse comportamento da mídia, usa subliminariedade, pois assim como o "elogio" à moça age contra seu ego (a favor do egocentrismo), as expressões "é para você" e "é de graça", atuam tornando "você" "importante". Inconscientemente, sua resposta será de "gratidão", pelo "presente" que lhe dão. Quanto aos gatos de tv a cabo, são outro presente, pelo qual pagará apenas um "pequeno" preço - a manipulação depreciativa.

Todos sabem que nada é de graça! Assim, se a tv nos é franqueada, por todos os meios, certamente há uma paga a ser cobrada! Seria, por acaso, ser ladrão? Não importa a paga, desde que seja feita. Não importa o preço, desde que seja aceito, desse modo, se "você" aceita "de graça," lhe "dão", sem garantias, inclusive a de que não haverão "letras miúdas", ilegíveis e de rápida exibição. Nesse caso, como são tolos os tolos em suas tolices, por tráz de suas "vantagens"!

Este pequeno desvio de assunto, demonstra haver uma matriz de relacionamentos em tudo, entre mídia e pessoas, uma matriz oculta pelo acesso via subconsciente, uma porta aberta a bons visitantes, usada por intrusos mal-intencionados.

A moça, todas as mulheres, os homens, os ligados por cabo, por antena, por dados codificados ou não, "protegidos" por senha ou não, estão todos conectados a uma matriz de controle, por intermédio de fios imperceptíveis à uma porta sempre aberta, o subconsciente.


Se técnicas de psicoinfluenciamento e de controle de massas são utilizadas por mídia, associadas à deseducação, para distorcer as personalidades humanas, não podemos estar em crescimento, como afirma a mídia, estamos em decadência e involução em direção à degeneração e ao caos social mais completo.

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