sábado, 8 de novembro de 2014

Espinhas e cravos

Subliminares

Subliminares - exemplos práticos.

Espinhas e cravos... motivo de joco?

O presente exemplo, se trata de um modelo especial, pois está embutido em uma propaganda comercial recente, veiculada pela tv.

Você confia em "propagandas"?

Neste exemplo há uma caracterização especial, pois apesar de manter o cunho de traumatizante psicológico, está embutido em "propagandas" de produto para tratamento da pele; nestas propagandas, os traumas psicológicos têm sido muito explorados, pelo manuseio das inseguranças desenvolvidas nas diversas etapas do desenvolvimento .

Apesar de se tratar de propaganda comercial, ainda mantém o cunho de atitude inescrupulosa, objetivando atingir os jovens suas inseguranças, em seus traumas e fraquezas. A prática da exploração de traumas tem se tornado usual nas "propagandas", pelo aperfeiçoamento e uso das técnicas de psicologia aplicada.

Rindo de si próprio.

O exemplo retrata uma moça caminhando pelo corredor, provavelmente de uma escola, Quando alguém passa por ela e lhe dá um tapinha nas costas, colando-lhe um cartaz provocante.

Enquanto isso acontece, outros jovens observam, com atitude maliciosa,  e riem da moça. A expressão de tristeza da jovem, não passa despercebida e, é lógico, faz parte da manipulação mental.

Esta situação fictícia, apesar de relacionar-se a uma etapa normal do desenvolvimento, resultará em outras, na vida real, nas quais jovens tristes e decepcionados consigo mesmos, traumatizados e desesperados buscarão a solução nas mãos de seus manipuladores - seus donos.

Os jovens rindo, são posicionados ao fundo, para dar a impressão de fora de contexto, conferindo assim, mais "honestidade" aos sorrisos (maliciosos). Os sorrisos sob expressão maliciosa, agem sobre pessoas maliciosas e estas, em situações reais, serão responsáveis pela maldade e provocação, resultantes em conseqüente estabelecimento de trauma psicológico, no adolescente ou jovem indefeso.

Algo semelhante, resulta do incentivo ao bullying, dito atuante em faixa etária um pouco mais baixa. Entretanto, podemos perceber o ataque psicológico contra adolescentes, bem semelhante ao inexplicado bullying.Este exemplo determina o surgimento da repetição, em situações diferentes.

Cravos e espinhas são afecções da pele marcadoras de uma etapa do desenvolvimento, se trata de condição natural, devem ser tratadas, lógico, mas encaradas com naturalidade. Podem até ser um motivo a mais para relacionamentos sadios; dessa fase podem nascer conversas a respeito, buscando entendimento, soluções, definindo auto conhecimento, estabelecendo cronologias, sempre de modo inteligente e autruista, jamais o preconceito se justifica contra a pessoa em etapa de desemvolvimento. Porém, é preciso entender o uso da palavra "preconceito", pois o preconceito e discriminação são "ferramentas" utilizadas para o afetamento e trauma psicológico.

Por fim concretiza-se a manipulação. A jovem surge sorrindo, feliz como quem alcançou a solução para todos os seus problemas. Nesse caso, não é o feliz quem sorri, é o enganador. A felicidade nasce da pureza e não pode nascer da enganação. O sorriso do enganador oculta sua intenção e disfarça a ação contra o inocente.

O subconsciente "vê" toda a cena, assim, em "outras propagandas", atores representam pais, declarando como sofriam, quando jovens. Essas cenas buscam o reforço da confiança natural nos pais reais, no ataque aos jovens, mas também configuram repetição (sem a qual, as subliminares não surtem muito efeito).

Atores atuam, são mentirosos profissionais, capazes de encenar qualquer condição emocional. O ator é convincente, pois é capaz de rir, na ausência da alegria e de chorar, mesmo na ausência da tristeza. Poucas pessoas são capazes de observar "de fora" uma atuação bem dirigida.

Cilada despresível.

Sempre que algo é dito ou exposto, repetidamente pela mídia em geral, constitui-se, certamente, em uma cilada e, trata-se de conteúdo de manipulação mental.

Nenhuma manipulação objetiva o bem do manipulado. Nesse modelo, intenta manter sob controle o consumidor e, para tanto, traumatiza-o causando-lhe decepção, dor e tristeza. Criada esta condição, oferece a "solução maravilhosa", algo capaz de solucionar todos os "problemas" de uma vida.

Também nisso, o modismo ajuda, debilitando pelo barateamento pessoal, deixando o jovem vulnerável a esse tipo de ataque, incutindo-lhe a necessidade de "fazer pose" para a sociedade. Assim, sofre e "procura" a solução, ou seja, um creme que o deixe "aceitável", no meio onde vive.

O alvo dessa cilada despresível, é o jovem, caminhando para a maturidade psíquica, apercebido e indefeso, é presa fácil para a manipulação e conseqüente trauma psicológico. A condição de trauma, produzido no jovem ou adolescente, não incomoda, ao vendedor inescrupuloso, desde que o objetivo da "propaganda", seja atingido - impor o "produto". Conseqüentemente, não é oferecida uma troca justa, pois pelo dinheiro cobrado, não se oferece a garantia de que as espinhas se vão, mas o trauma fica garantido; então, este é o "produto" oferecido, não o creme pois o trauma é permanente e o creme substituível.

O jovem, precisa saber que não é a condição de sua pele que lhe confere valor, mas o que está por tráz de sua aparência física; o não físico, pelo qual deve impor-se qualitativamente.

Também, cabe ao jovem (e adulto), saber de sua condição de afetamento, iniciada ainda enquanto criança. Dependendo de seu grau de consciência da realidade, talvez possa perceber, e ainda mais difícil, aceitar essa condição e tentar revertê-la, enquanto é pouco provável.

O problema é de todos.

Somente pessoas vulgares riem de outras pessoas e de seus problemas, mas se riem de si mesmas, pois aqueles também são seus problemas.

A linha da vida não é uma linha reta, de evolução em ascendência, só o tempo evolue constantemente. Ela é uma linha curva, em intermitências de ascenção e decadência. Porém, tem-se tornado em uma linha de involução para a decadência.

O conteúdo televisivo e da mídia em geral (filmes, séries, novelas, músicas, jogos e até jornalismo e propagandas) perdeu a confiabilidade e as mensagens ocultas, repetida e ininterruptamente, nos atacam dia e noite. Na realidade, a mídia manipula desde sua criação, pois a escória manipuladora atua bem antes dela, apenas assumindo os mecanismos de mídia, por se tratar de um meio poderoso, dada a sua capacidade de alcance e volume.

A presença de material psico-influenciador, nos conteúdos exibidos em tv, vídeos, cinema e outros meios de mídia, nos garante a certeza de que estudos para a manipulação de massa e controle mental, estão sendo feitos.

A deterioração das personalidades tem transformado as pessoas em seres desqualificados, resultando na decadência visível e caótica da sociedade e da humanidade. O que deveria ser informação e diversão, tornou-se sinônimo de engano e manipulação mental, tirando da vida social sua expressão própria de interrelação para o convívio sadio e crescimento mútuo.

As pessoas levam as marcas daqueles que as dominam; esvaziaram-se de auto-significado, perderam o brilho dos olhos e caminham, inexpressiva e tortuosamente, em direção a um objetivo obscuro e indefinido. Buscam seu brilho perdido nos falsos sorrisos do ator e na mentira das promessas maravilhosas.

A prepotência e a pose, impedem, às pessoas, a percepção de sua condição. Assim, o valor econômico, substitui o valor pessoal; a pose substitui a expressão natural e a prepotência substitui a capacidade. Mas mesmo com a vigência do valor econômico, da pose e da prepotência, vigora absoluta a dominação, pois ambos são resultados dela.

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